Nove clubes da Série A e dez da Série B do Campeonato Brasileiro se manifestaram nas redes sociais pela implementação da Lei do Mandante (conhecida também como Lei do Futebol Livre), nesta última quinta-feira
Os clubes utilizaram a rede social Twitter para publicar um texto pedindo a aprovação do Projeto de Lei 2336/21 antes do recesso parlamentar, em julho. Atlético-GO, Athletico-PR, Bahia, Chapecoense, Flamengo, Palmeiras, Ceará, Juventude e Sport foram os times da Série A que participaram da mobilização.
Avaí, Coritiba, CRB, Cruzeiro, CSA, Náutico, Operário-PR, Remo, Vila Nova e Vitória, todos da segunda divisão, também fizeram o manifesto.
“Os clubes do futebol brasileiro estão unidos pela APROVAÇÃO, antes do recesso parlamentar, em julho, do PL 2336/21 (Lei do Futebol Livre – mandante). Maior concorrência, mais investimentos e melhor espetáculo para os milhões de torcedores. #AprovaPL2336”, diz a publicação.
Entenda o caso
Os dirigentes dos clubes das Séries A e B estão em Brasília desde quarta (30) para uma série de encontros com o objetivo de reforçar apoio à lei do mandante. O grupo já esteve com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se reuniu também com deputados federais durante a manhã de ontem (1) e conseguiu um encontro com o presidente Jair Bolsonaro.
Conheça os movimentos
Existem dois. Um deles, envolve o projeto de lei do deputado Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF), que tem como objetivo alterar a Lei Pelé para permitir que os clubes escolham livremente onde exercer o mando de campo. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) veta esse tipo de medida na reta final do Brasileirão para evitar qualquer desigualdade.
Na tarde de ontem, tiveram mais encontros com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), com o ministro da Cidadania, João Roma, e com o secretário nacional de futebol, Ronaldo Lima. Os clubes da Série B iniciam no ano que vem a negociação dos contratos de direitos de transmissão que entrarão em vigor em 2023. Os contratos da Série A vão até 2024. Apesar do recente movimento da liga para futuramente organizar o Brasileirão, os dirigentes asseguram o cumprimento dos acordos até lá.
No ano passado, o presidente Bolsonaro editou uma Medida Provisória (MP) que permitia a mandante negociar o próprio direito. Vamos aguardar maiores informações.
Foto de destaque: Marcos Corrêa/PR