Pep Guardiola e Jürgen Klopp criticam novo formato da Uefa Champions League

Nas entrevistas coletivas após o treino desta sexta-feira (23), os técnicos comemoraram a desistência da Superliga e criticaram o novo formato da Uefa Champions League

Mesmo que sejam rivais dentro de campo, Jürgen Klopp e Pep Guardiola têm opiniões bem parecidas, principalmente se tratando de críticas ao calendário do futebol europeu. Além de adotarem posições contrárias à criação da Superliga, os técnicos de Liverpool e Manchester City soltaram críticas ao novo formato da Champions League, anunciado na última segunda-feira (19) pela Uefa.

Todos sabem minha opinião sobre mais jogos. Sem, a Superliga está fora de questão, e isso é bom, muito bom. Mas não significa que a nova Champions League é ótima. A Uefa me mostrou a ideia e eu disse que não gostei. Dez jogos em vez de seis, não tenho ideia de onde vão colocar isso no calendário”, disse Klopp em entrevista coletiva dada nesta sexta-feira (23).

Quase ao mesmo tempo, em Manchester, Pep Guardiola também dava entrevista coletiva após o treino e criticou o novo formato da competição. “Os treinadores o tempo todo clamam por qualidade e o mundo do futebol quer quantidade. Não estamos no comando disso. Temos que pedir à Uefa e à Fifa para ampliarem o ano. Em vez de 365 dias, talvez possam encontrar 400”, ironizou o técnico espanhol.

O que consiste a mudança?

Na segunda-feira (19), um dia após o anúncio da nova Superliga, a Uefa realizou uma reunião com seu Comitê Executivo e anunciou algumas mudanças nas competições europeias, com destaque para a Champions League a partir de 2024.

Além de mudar de tamanho, de 32 para 36 equipes, a competição vai deixar de ter fase de grupos e vai passar a ter um formato tradicional de liga, neste caso chamado de “modelo suíço”. Serão 10 jogos na primeira fase (cinco em casa e cinco fora) com 10 adversários diferentes e os oito melhores se classificarão direto para o mata-mata. Enquanto isso, os classificados entre a 9ª e a 24ª posição disputam mais oito vagas para as oitavas de final.

Com o novo formato, a Champions League passará a ter 225 jogos, 100 a mais que o atual. Ou seja: mais jogos, mais dinheiro. “Esse formato evoluído vai manter vivo o sonho de qualquer time da Europa de participar da Champions graças aos resultados obtidos dentro de campo e também vai permitir viabilidade a longo prazo, prosperidade e crescimento para todos do futebol europeu, não apenas um pequeno e auto-escolhido cartel”, declarou o presidente da Uefa, Alexsander  Čeferin.

Tudo acabou em pizza

Apesar de toda a repercussão negativa que a Superliga deu e das falas de Fifa e Uefa sobre punir os times que continuassem com a ideia, nenhum dos 12 times sofreu nenhuma punição. O presidente Alexsander Čeferin chegou a afirmar que o confronto entre Chelsea e Real Madrid pela semifinal da Champions League, que acontece na próxima quarta-feira (28), tinha possibilidade de não acontecer, mas acabou que não deu em nada.

A falta de punição tem muito a ver com o fim da própria Superliga. Após o polêmico anúncio da competição e as reações de federações, da própria Uefa, de outros clubes e, principalmente, do forte protesto de torcedores, os clubes começaram a anunciar a desistência da Superliga já na terça-feira (20), dois dias após o anúncio do projeto.

Os primeiros a anunciarem a desistência foram os times ingleses: após ondas de protestos de torcedores, Arsenal, Liverpool, Chelsea, Manchester United, Manchester City e Tottenham publicaram comunicados sobre a saída da Superliga no início da noite de terça. Logo depois, Atlético de Madrid, Juventus, Milan e Inter de Milão também anunciaram sua saída. Os únicos que continuam no grupo de formadores são Real Madrid e Barcelona.

Foto em destaque: Divulgação/Reuters

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