A entidade divulgou um comunicado duro ao lado das federações inglesa, Premier League, espanhola, LaLiga, e italiana, Serie A
Uma iniciativa dentre os clubes das maiores ligas da Europa começa a ganhar forma e ser debatida com veemência para lançar a Superliga da Europa, com planos de início na temporada 2023/24 e um fundo de US$ 6 bilhões (mais de R$ 33 bilhões na cotação atual) apoiando o projeto, colocando em risco a existência da Champions League.
O projeto envolve um total de 20 clubes, sendo que 15 seriam membros permanentes, que não poderiam ser rebaixados na futura competição. Sendo assim, cinco equipes seriam rotativas, com base em performance. Os clubes permanentes teriam seis times da Premier League, três de LaLiga, três da Serie A, dois da Bundesliga e um da League1.
A Uefa, que anunciará a reformulação da Champions League para a temporada 23/24 na próxima segunda-feira (19), se manifestou ao lado das principais ligas do futebol europeu, oficialmente, sobre a iniciativa da Superliga, ameaçando banir os clubes de campeonatos nacionais e europeus. A Fifa, por outro lado, baniria os jogadores dessas equipes de representarem seus países em competições.
Confira na íntegra o comunicado divulgado pela Uefa:
“A Uefa, a Federação Inglesa (FA) e a Premier League, a Federação Espanhola (RFEF) e LaLiga, e a Federação Italiana (FIGC) e a Serie A souberam que alguns poucos clubes ingleses, espanhóis e italianos podem estar planejando anunciar sua criação de uma fechada e autoproclamada Superliga.
Se isso acontecer, nós gostaríamos de reiterar que nós – Uefa, FA, RFEF, FIGC, Premier League, LaLiga e Serie A, mas também a Fifa e todas confederações membro – vamos seguir unidos em nossos esforços de parar esse projeto cínico, um projeto baseado no interesse próprio de poucos clubes em tempos em que a sociedade precisa de solidariedade mais do que nunca.
Nós vamos considerar todas medidas disponíveis, em todos os níveis, tanto jurídicos quanto esportivos, para evitar que isso aconteça. O futebol é baseado em competições abertas e no mérito esportivo; não pode ser diferente.
Assim como já anunciado pela Fifa e as seis confederações, os clubes envolvidos serão banidos de jogar qualquer outra competição, doméstica, europeia ou mundial, e seus jogadores terão negada a oportunidade de representar suas seleções.
Nós agradecemos aqueles clubes de outros países, especialmente de França e Alemanha, que recusaram participar disso. Nós chamamos todos os amantes do futebol, torcedores e políticos, a se juntarem a nós contra tal projeto se anunciado. Esse interesse próprio persistente de poucos foi longe demais. Basta”.
Os “Clubes Fundadores” anunciaram, através de nota, a criação do torneio. O presidente da Superliga, e também presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, afirma a ajuda ao futebol em todos os níveis.
Vamos ajudar o futebol a ocupar o lugar que a todos os níveis lhe pertence no mundo. O futebol é o único desporto global com mais de 4.000 milhões de seguidores e a nossa responsabilidade, como grandes clubes, é responder aos desejos dos adeptos”
Joel Glazer, co-presidente do Manchester United e vice-presidente da Superliga, afirma a alta qualidade entre os clubes e a competição.
Ao reunir os melhores clubes e os melhores jogadores do mundo para competirem entre si durante toda a temporada, a Superliga abrirá um novo capítulo para o futebol europeu, garantindo competição e instalações de alta qualidade, bem como um maior apoio finaceiro para a pirâmide do futebol em geral”
Foto de destaque: Reprodução/UEFA
2 comentários sobre “Crise na Europa? Uefa se reúne a ligas européias para criticar ‘Superliga’ dos gigantes”