Presidente da Federação Alemã de Futebol, Fritz Keller, afirmou que a iniciativa partiu dos próprios jogadores
O caminho para a classificação na Copa do Mundo do Catar já iniciou para as seleções europeias. Na última quinta-feira (25), antes da partida entre Alemanha e Islândia, os jogadores alemães apareceram vestindo camisas pretas, em que cada um dos titulares tinha uma letra branca pintada formando a expressão Human Rights, que em português significa Direitos Humanos.
Na sexta-feira, a Federação divulgou vídeo onde mostra os titulares pintando suas camisas e, em entrevista ao site da entidade, o presidente se disse muito orgulhoso.
Estou muito orgulhoso! Fiquei muito animado quando vi o resultado, e que os jogadores tinham eles mesmos pintado as camisas. Já dissemos muitas vezes que queremos jogadores que carreguem responsabilidade. Acho fantástico que eles levaram isso adiante. Temos jogadores comprometidos e que se importam com o que está acontecendo no mundo, afirma Fritz Keller
Além da Seleção Alemã, a Seleção Norueguesa também manifestou apoio.
Vários clubes noruegueses defendem que a seleção boicote o próximo mundial. Ståle Solbakken, técnico da Noruega, comentou sobre o protesto.
(A intenção é) Pressionar a Fifa para ser ainda mais direta, ainda mais firme, perante as autoridades do Catar e impor exigências mais rígidas.
Entretanto, ao contrário da Noruega, Keller afirma que está descartada a ideia de boicotar a Copa de 2022.
As condições de vida no Catar só estão em evidência neste momento por uma razão: porque eles vão receber a Copa do Mundo ano que vem. Condições inaceitáveis em outros países não recebem este nível de atenção pública. Eu acredito no poder unificador do esporte para trazer mudanças
A Anistia Internacional pediu à Fifa que pressione o Catar para melhorar as condições dos trabalhadores imigrantes no país e que a entidade exerça um controle “independente e regular” de todas as sedes e projetos relacionados ao Mundial para detectar e evitar abusos.
Foto de destaque: Tobias Schwarz/EFE