São 8 anos de amor pelo grito Alviverde e pelo esporte
Palmeirense desde pequena, influenciada pelo meu tio e pelo meus avós. Mas, quando criança não me importava muito. Fui pegando o amor pelas quatro linhas e pela bola depois de um bom tempo.
Não entendia como que uma bola rolando e um monte de pessoas correndo seria tão atrativo. Mas, eu entendia que a emoção envolvida fazia valer a pena.
“Nossa, mas você sempre coloca futebol nos seus assuntos”, ouço. E digo com orgulho que sim. Sempre coloco em meus assuntos.
A minha primeira vez em um estádio, aos 16 anos, fez com que eu descobrisse da onde saia aquele fanatismo. As pessoas cantando, a emoção de estar perto do gramado. E lá, naquele momento, eu soube que iria basear minha vida nisso, até mesmo acadêmica.
Viver do futebol não foi uma escolha fácil. Muito medo, muito receio. O fato de eu ser mulher talvez pesasse demais, mas é no medo que a gente descobre o que nos motiva.
É a emoção de comemorar um título, de chorar uma derrota. É nas amizades que o futebol trouxe, e na experiência que é estar perto dos seus ídolos, escrevendo sobre aquilo que ama. É fazer do trabalho uma paixão.
Sempre deixo o clubismo de lado, mas dessa vez não vai ser possível. Foi tudo graças a ele, ao Palmeiras.
A ver meu tio, que sempre amei como irmão, me levar aos estádios e comemorar comigo. Ao ver minha avó, que me criou como mãe, discutir temas da área no horário de almoço. E ver que minha história no futebol ia além das barreiras impostas pelo machismo, ia além do preconceito de verem eu, com meus 1,58 m de altura e com a unha pintada de rosa, gritando ao som da torcida e levando o futebol como mais que um esporte, mas uma inspiração de vida. E digo com toda certeza, o futebol me fez descobrir que além de uma bola no pé, é sentimento e amor. E sabemos que o amor cura tudo.
Foto de destaque: Arquivo pessoal/Izabella Giannola