A coisa mais incrível que aconteceu na minha vida
Desde pequena, sempre gostei muito de esportes. Meu pai trabalhava em dois períodos, mas, aos finais de semana, sempre tinha aquele tempo livre para assistir futebol, Fórmula 1, basquete e muitos programas assim. Aquilo, a cada dia, foi despertando meu interesse pelo esporte, mas um era principal.
O futebol e a torcida do meu pai em relação ao Palmeiras despertavam, em mim, um linda sensação, uma sensação de estar completa com aquilo, sabe? Cresci assim, acompanhando muitos esportes, muitos jogos de futebol, sempre comentando com ele e assim entendendo mais e mais as questões táticas e técnicas que eu gostava tanto.
Conforme fui crescendo, fui escolhendo a faculdade que queria fazer e o jornalismo me apaixonava de uma maneira diferente e única. Mas, por conta do ambiente bem machista, eu não queria fazer de maneira alguma jornalismo esportivo. Não queria ter que viver tudo que lia, escutava ou presenciava.
Quando comecei a faculdade, tive a oportunidade de trabalhar na Rádio Gazeta Online e foi onde tudo começou realmente. Fui escalada para trabalhar com futebol internacional e futebol feminio todo sábado. A partir daquilo, das entrevistas, das matérias ao vivo, tudo aquilo me deu uma sensação de completa.
Foi então que, o amor só foi prevalecendo e percebi que aquela luta também era minha, aquele espaço também era meu. Cada dia mais é meu, cada dia mais me conquista.
E, também, fico feliz todo dia mais pelas mulheres ao meu redor percebendo que o lugar delas pode ser no esporte, no futebol. O que eu realmente espero é que, futuramente, minha irmã, minha possível filha, e essa nova geração não tenham esse receio de estar no esporte e que desfrutem uma conquista que muitas mulheres lutaram para ter.
Foto de destaque: Arquivo pessoal/Tayna Fiori