Agora é com elas: A resiliência de Tetê Motta

Desde 2018, a jornalista comanda os microfones da Radio Coxa e mostra que é possível ser destaque em um meio “masculino

Ana Tereza Motta, mais conhecida como Tetê Motta, é um exemplo de resiliência e determinação. Com uma ampla experiência na comunicação, ela atua desde 1998 na área e atualmente é narradora da Radio Coxa.  

Tetê prova que é possível ser uma profissional de sucesso em um meio denominado masculino, e faz acontecer através das suas narrações, mas afirma que nem tudo são flores 

“A maior dificuldade nesse meio é a aceitação! Os homens aceitarem que as mulheres podem entender de futebol tanto quanto eles, que as mulheres podem desempenhar funções num mundo tão masculino como o futebol.” 

Como acontece diariamente com várias mulheres nesse meio, ela também não passou ilesa de sofrer assedio, e contou para o Rainhas do Drible um dos momentos mais marcantes.

– Coritiba x Fluminense no Couto Pereira, Renato Gaúcho técnico do Flu na época me chamou de Maria chuteira, e pediu que os seguranças me tirassem de perto da área do vestiário do Flu. Bati boca com ele, e não deixei que os seguranças me encostassem a mão, isso me marcou muito. 

 Mas em contra partida, ela também citou outro momento muito marcante durante sua trajetória. 

– Sem dúvida, outro momento marcante foi entrevistar o Pelé, Era o lançamento do Pelé pequeno príncipe em 2006. Chegar perto do Rei foi uma emoção indescritível! 

E como forma de incentivar, ela deixa um recado para outras mulheres que ainda não se encorajaram devido algum motivo.

– Não desista! Se fosse olhar para as dificuldades que tive desde o início, quando comecei cobrindo o futebol amador com 18 anos, poderia ter desistido. Mas não desisti. E agora também com a narração, quando eu comecei as redes sociais não eram a potência que são hoje, então meu conselho é: se não conseguir estágio, use as redes sociais pra aprender, faça canal, blog e etc.  

As redes estão aí para servirem também como “estágio”. E se o que você quer é realmente trabalhar com futebol, esteja preparada pra enfrentar o machismo com muita resiliência. 

Hoje, Tetê se considera uma profissional realizada pelas suas conquistas e por fazer parte da história do futebol paranaense, mas acredita que como narradora ainda pode melhorar. 

“Ainda estou aprendendo e sei que posso evoluir muito na narração, e isso só vai ser possível com ritmo e narrando mais.” 

Foto de destaque: Reprodução/ Tetê Motta

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