Especial Libertadores: Peñarol – O primeiro Rei da América

Há 61 anos, o Peñarol se consagrava o primeiro campeão da Libertadores

Sob o comando do técnico Roberto Scarone, o Clube Atlético Peñarol, foi o primeiro clube a vencer a Copa Libertadores da América na história e o primeiro clube sul-americano campeão do Mundial Interclubes. Para chegar até a glória eterna do aurinegro, vamos antes voltar ao começo de tudo.

O nascimento da Libertadores

A Copa Conmebol Libertadores da América, é a maior competição de futebol da América do Sul. Sua história tem início no finalzinho de 1950 e em meados da década 60. Em março de 1959, Chile e Brasil apresentaram durante o 30º Congresso da Conmebol (Confederação Sul-americana de Futebol), a ideia de um campeonato de clubes envolvendo  os campeões nacionais de diversos países do continente, ao qual a mesma foi aprovada durante o mesmo congresso.

Somente após muita conversa, os dirigentes da Confederação finalmente conseguiram se organizar e chegar a uma estrutura oficial, nascendo assim a Copa dos Clubes Campeões da América. Inicialmente, o torneio tinha um molde europeu e seu troféu fora batizado como Libertadores da América, em homenagem aos heróis independentistas do continente.

A primeira edição contou com seis times: San Lorenzo (ARG), Jorge Wilstermann (BOL), Bahia (BRA), Universidad de Chile (CHI), Millonarios (COL), Olimpia (PAR) e Peñarol (URU). Desses clubes iriam sair o primeiro campeão, o primeiro Rei da América e o  primeiro jogo ocorreu em abril de 1960, com o Peñarol goleando o Jorge Wilstermann por 7 a 1. O time aurinegro começava ali a escrever a história do torneio, bem como a sua própria.

Peñarol e o caminho à “Glória Eterna”

Naquela mesma época, o cenário do futebol sul-americano era dominado pelo Peñarol. Em apenas três anos, os Carboneros venceram os principais torneios da época. Aquele time tinha as grandes estrelas do futebol uruguaio e dominava todos os campeonatos do país. Eram nomes como Cubilla, Martínez, Joya, Sasía, Pedro Rocha, Spencer, Maidana e Néstor Gonçalves. Junto com Scarone, esses principais jogadores e o restante daquele esquadrão, partiu em busca da glória. O aurinegro já era o grande favorito dos jornais esportivos.

O time passou com tranquilidade pela fase de grupos, oitavas e nas quartas de finais aplicou 7 a 1 nos bolivianos do Jorge Wilstermann. Na semi, o duelo contra o San Lorenzo foi levado para um terceiro jogo  após dois empates em 1 a 1 e 0 a 0. Onde os uruguaios avançaram com a vitória por 2 a 1.

A grande final

Aconteceu com Olimpia, do Paraguai. o formato ainda era com dois jogos, de turno e returno. O primeiro foi em Montevidéu, o artilheiro Spencer fez o único gol da partida. No jogo de volta, e último daquela decisão de 180 minutos, aconteceu no Paraguai. Terminando em empate de 1 a 1, ao qual o gol do Penarol foi marcado no finalzinho por Cubilla.

Foto: El Pueblo Noticia/ Cápsulas Colunista

O resultado, garantiu ao clube uruguaio o primeiro título continental do clube bem como o privilégio de ser o primeiro campeão da competição. O título consagrou uma equipe que não tinha rivais em seu país,e ressaltou sua grandeza que precisava, apenas, de um torneio do porte de uma Libertadores para provar o seu valor.

Novo domínio da América

Na Libertadores, dessa vez com mais equipes, o time defendeu seu título na final contra o Palmeiras (BRA), que tinha nomes como Djalma Santos, Geraldo, Julinho Botelho, Chinesinho e era comandado por Osvaldo Brandão. O primeiro duelo foi no Uruguai, o time da casa venceu por 1 a 0, com gol de Spencer. Na volta, no Pacaembu, empataram em 1 a 1, que garantiu o segundo título consecutivo da Libertadores para o Peñarol.

Foto: Divulgação/Palmeiras.com

O elenco de 61, tinha a missão de repetir aquela mesma campanha da temporada passada. Porém, com um peso maior na camisa, já que àquela altura, também, eram os “Donos do Mundo”. A equipe foi à Liberta com seu quarto campeonato nacional consecutivo, com apenas uma derrota em 18 partidas.

O troféu simbolizou, mais uma vez, a hegemonia do clube no continente, e a coroação de uma equipe incrível com grandes feitos naquela época. Em três anos, foi campeão do Mundial Interclubes em 1961,  Bicampeão da Copa Libertadores da América em 1960 e 1961, e Tricampeão Uruguaio de 1960 a 1962.

Com mais uma Libertadores em mãos, era hora de tentar o título mundial, que escapara no ano anterior, mas essa é uma história para outro momento.

Foto destaque: Divulgação/Conmebol

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