Mudanças nos times é um assunto que nós vemos continuamente no futebol feminino
Muda ano, mas o que não muda é a reformulação que acontece em alguns dos times femininos. Em 2020, vimos o Santos perder 19 atletas do seu elenco e utilizar algumas meninas da base. Agora, em 2021, estamos vendo esse processo ocorrer com alguns times, como o Palmeiras, o Cruzeiro e a Ferroviária.
Se pararmos para pensar, um dos primeiros pontos, que é aquele “começa errado”, é o tempo dos contratos das atletas. A grande maioria, aproximadamente 100% para ser bem real, possui apenas contrato de um ano com o clube que atua. Se ela for bem na temporada, o clube pode perder de graça, como também pode renovar. Um time que vemos fazer contratos maiores é o São Paulo, mas somente com algumas atletas. Mesmo assim, o Tricolor paulista já está um passo à frente.
Um segundo ponto é “mexer no time que está ganhando”. Pensando que o Palmeiras e a Ferroviária chegaram em posições importantes, o Alviverde paulista na semifinal do Campeonato Brasileiro A1 e do Paulista e o time grená vice-campeão paulista, não faria sentido mudar tanto um time inteiro, talvez algumas peças ou a comissão.
Algumas das atletas saíram de um time para o outro. O que faz a gente pensar em motivos, o que ocasiona essa troca? A gente pensa muito em falta de investimento e de planejamento dentre os clubes, já que a diferença salarial não é tão presente no futebol feminino.
A grande questão, que penso eu, está relacionada com o andar da carruagem. Quanto tempo esses clubes vão demorar para se encaixar? Vai durar a temporada toda? Vai ser rápido? Ninguém sabe…
Esse é o maior problema. Você tem um time na mão que precisa montar, e fazer isso a cada dois anos é um grande problema. Precisamos de altas expectativas ou iremos continuar “perdendo” boas atletas para o exterior.
Foto de destaque: Tayna Fiori/Rainhas do Drible