Prefeitura e Lusa entram em acordo após a Procuradoria Geral do Município propor acordo entre as partes envolvidas
O Estádio da Ilha do Governador fica livre de ir a leilão por dívidas com o município ao chegar em acordo judicial com a prefeitura do Rio de Janeiro, após três anos de brigas no tribunal. O consenso das partes chegou depois do Tribunal de Justiça decidir, em primeira instância, que a cobrança era indevida.
A Portuguesa-RJ é responsável pelo imóvel e desde 1976 levava consigo a missão de solucionar o problema de dívidas do IPTU, mas somente a atual diretoria na responsabilidade do presidente Marcelo Barros buscou soluções para a cobrança de 33 milhões de reais. A primeira conquista veio com a ajuda da vereadora Tânia Bastos (Republicanos), que tornou o clube isento de pagamento de IPTU, a partir de 2017.
“A Portuguesa não tinha recursos para regularizar esse problema. Com muito trabalho conseguimos salvar por duas oportunidades a sede do leilão e impedir o encerramento das atividades de uma associação que tem uma história e tradição para zelar. Foi preciso buscar uma solução definitiva, que não gerasse custos, e foi isso que eu fiz. Quis Deus que essa demanda fundamental caísse sobre minha responsabilidade e graças a Deus conseguimos resolver. As manchas do passado foram apagadas. Agora vamos olhar para frente mais otimistas”, disse o presidente Marcelo ao veículo de noticia local.
A Lusa passou perto de ser leiloada por duas vezes. A mais marcante foi em 2017, quando o estádio se encontrava emprestado ao Flamengo, outro clube carioca. A Portuguesa conseguiu a suspensão do leilão ao alegar que não havia recebido intimação.
A segunda vez foi no último ano, quando os 42 mil metros quadrados não obtiveram nem um lance durante o leilão que teve como pedido inicial o valor de R$ 163 milhões, que caíram para R$ 98 milhões. Um dos motivos da falha do leilão foi o pedido de tombamento do estádio como patrimônio histórico, feito por torcedores junto ao Conpresp, que é o órgão de preservação junto à prefeitura e ao Condephaat, que é o órgão de preservação junto ao Estado, o que paralisaria qualquer obra até o fim do processo.
Foto de destaque: Julio Cesar Guimarães/LancePress