Revelado na Portuguesa, o jogador atuou por aproximadamente 25 anos no futebol, sendo referência dentro e fora do Brasil
Novecentos e oitenta e um jogos, 102 gols, 19 títulos. Este é o resumo da história futebolística de José Roberto da Silva Júnior, o Zé Roberto, defensor brasileiro que atuou quase por 25 anos no futebol.
Pela Seleção, conquistou duas Copas das Confederações e duas Copas América. Além disso, esteve presente no elenco do Mundial de 2006, onde o Brasil foi eliminado pela Itália.
Mesmo aposentado dos gramados, segue trabalhando. No momento, é embaixador do Palmeiras e realiza ações de marketing pelo clube. Mas já se aventurou como assessor técnico, ao lado da comissão.
Histórico e carreira
O jogador iniciou nas divisões de base do Palestra de São Bernardo, em São Paulo, já mostrando que seria um craque diferenciado. Por meio meio de olheiros, foi levado à Portuguesa, onde começou sua carreira.
No time do Canindé, começou a jogar bola no ano de 1994 e por lá ficou até parte de 1996, onde partiu para a Europa com propósito de defender as cores do Real Madrid. Em 1998 retornou e ficou cerca de um ano no país de origem, atuando pelo Flamengo por 23 vezes.
No mesmo ano, Zé foi à Alemanha, local onde tem a dupla nacionalidade. Até 2002 esteve no Bayer Leverkursen e até parte de 2006 fez sua primeira passagem pelo Bayern de Munique.
Naquele mesmo período, retornou para o Brasil e jogou no Alvinegro praiano, o Santos. No clube de São Paulo, balançou as redes por 16 vezes. Após esta fase que durou um pouco mais de um ano, o meia retornou para a Alemanha e defendeu o Bayern de Munique mais uma vez, ficando por lá até 2009.
No país europeu que nos golearia em 2014, o jogador ficaria por mais dois anos. Dessa vez, compondo o elenco de Hamburguer SV e realizando mais sete gols em sua carreira. Antes de sua volta ao Brasil, Zé foi ao oriente médio fazer parte do Al-Gharafa, no Qatar.
O retorno ao Brasil até a aposentadoria
Em 2012, o meia retornou ao país de origem após receber proposta do time do sul, o Grêmio. Foram dois anos de atuação, mais de 100 jogos realizados e 15 gols convertidos.
No Palmeiras, ficou de 2015 a 2017. Por lá, o jogador pôde levantar a taça do Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil, além de balançar as redes por dez vezes.
Manifestação contra o racismo
O ano de 2014 ficou marcado pelo caso de injúria racial de torcedores gremistas ao goleiro Aranha, que atuava pelo Santos. De forma a desestabilizar o adversário, um grupo de pessoas proferiram frases com a palavra ‘macaco’ ao jogador paulista.
Nesse ano, Zé Roberto era um dos defensores do Grêmio e fez parte da partida da Copa do Brasil que ficou manchada por este episódio. Após o jogo, o meia lamentou o fato e cobrou a punição dos envolvidos no ato.
É lamentável, no século 21, passar por isso. Independente de quem seja, só tenho a lamentar. Aconteceu com um torcedor da nossa equipe contra um adversário. Se foi claro e há imagem, tem que haver punição. Vivemos em um país racista. O Brasil é um país que, infelizmente, tem muito disso. Como se sabe quem é, tem que haver punição. Às vezes, em uma situação como esta, o clube é punido. E não tem nada a ver. É um torcedor. O clube pode ser punido, sendo que quem tem que ser punido é quem teve este ato de racismo. Nunca passei por isso nem espero passar. Não quero falar muito porque fico indignado”, afirmou.
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