Eleições no Vasco e o ‘caotismo’ envolvido

Eleições dentro do time geram caos, brigas, decisões judiciais e STJ suspendendo o pleito

O último sábado (07) foi marcado por muitas surpresas envolvendo a situação do Vasco. A eleição para definir o novo presidente do clube, marcada às pressas na última sexta-feira (06), foi extremamente confusa.

A discussão começou no ano passado, dando origem à chamada Junta Deliberativa Eleitoral, buscando definir sócios que teriam condições para votar na alteração do estatuto do Vasco.

Houveram diversas reuniões, conversas, debates. Muitas delas, com a ausência do presidente Alexandre Campello. A Junta Deliberativa também buscou abordar as condições de voto dentro da política interna do clube.

Tudo isso teve início no dia 05 de junho, quando houve uma convocação para revisar a lista dos sócios que estariam aptos para votar dentro do time. Os nomes foram entregues em 29 de julho, contando com 8.807 pessoas.

Porém, em 10 de agosto, a Justiça anulou decisões da Junta sobre essa tal lista. Foram retirados cerca de 746 nomes. Mais tarde, no dia 29 do mesmo mês, foi negado judicialmente um recurso do presidente deliberativo do Vasco que pretendia cancelar a Assembleia Geral Extraordinária. Além do mais, houve discordância sobre a empresa que mediaria as reuniões de forma online.

A decisão final foi de que todos os votos para presidente seriam realizados virtualmente. A Assembleia Geral aprovou as eleições, em meio a toda essa confusão, com 98% dos votos a favor de uma eleição direta.

Em setembro, no dia 05, foi anunciada a nova eleição, agora com números de sócios reduzido para 7.981 nomes. Porém, não estava nada resolvido ainda. Após dois meses com uma sensação de paz em assuntos da política interna do Vasco, houve uma nova intervenção jurídica. Os anistiados teriam perdido o direito ao voto, de acordo com o que foi definido antes.

Mas, no final de outubro, foi determinado que esse grupo teria novamente o direito ao voto. Faués Mussa entrou com um pedido para a Justiça do Estado do Rio de Janeiro para que a eleição ocorresse dia 14 de novembro. A priori, o pleito estava previsto para o dia 07 de novembro.

Com todo o contexto da pandemia, estava previsto desde antes que as votações seguiriam de forma online. Tudo estava combinado, mas de novo, caiu por terra.

Na última sexta feira (06), em um dos últimos episódios dessa história, o desembargador Camilo Ruliérie determinou que as eleições seriam presenciais. Em uma nota enviada 23h08 do dia, o Vasco confirmou o pleito.

Então, as novas eleições seriam no sábado, dia 07 de novembro. Aconteceu, mas foi marcada por brigas, discussões da torcida, confusões e agressões.

Às 20h25, a votação foi interrompida. Na madrugada deste domingo (08), o candidato Leven foi o mais votado, mas ainda não levou o cargo. Pela decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), os votos ainda não teriam efeito eleitoral dentro do clube vascaíno neste momento. Mesmo com todo esse desenrolar, ainda não há decisão final de quem será o novo presidente, muito menos uma previsão.

Foto de destaque: Luiz Ackermann/Agência O Globo

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