Com apenas 12 atletas à disposição para jogar contra o Palmeiras, no domingo, Flamengo solicita adiamento do jogo
Após a viagem ao Equador para a realização do jogo contra o Barcelona pela Libertadores, o Flamengo voltou para o Brasil com três pontos e 16 jogadores infectados pela COVID-19.
Com um elenco composto por 34 inscritos, o time conta somente com 12 atletas à disposição, sendo que três são goleiros e alguns estão lesionados ou foram transferidos. Diante da atual situação, o clube carioca fez um pedido ao Superior Tribunal de Justiça Desportivas (STJD), solicitando adiamento do jogo contra o Palmeiras no próximo domingo (27).
Em entrevista ao UOL Esporte, o advogado do Flamengo disse ser uma questão de saúde e comentou:
“Questão desportiva é consequência que não é fundamento. Ou seja, questão desportiva objetiva que não analisa a especificidade do caso. Quem pode dizer se estão aptos? E a comissão técnica? E o roupeiro, massagista, médicos etc que foram expostos ao vírus? Todo o suporte técnico está exposto. Os atletas em campo são apenas a última ponta de todo um serviço prestado por pessoas que foram expostas”
A CBF se manifestou na noite da última quinta-feira (24) e negou o pedido do Flamengo sobre o adiamento da partida contra o Palmeiras. O clube tem ainda uma solicitação para adiar outros jogos no período de 10 a 14 dias, ou seja, a partida contra o Athletico Paranaese que seria realizado no dia 4 de outubro também sofreria ajustes, mas com a negação para o jogo do domingo, este novo pedido deve ser anulado também.
No pedido o clube alegou um risco sanitário da realização da partida, além disso eles destacam o ponto de que os profissionais que dão suporte ao elenco, também foram expostos ao vírus, impedindo que exerçam suas atividades até a partida.
Nas redes sociais, os internautas ficaram divididos em relação a situação. Enquanto alguns lembraram do episódio sobre o retorno do futebol brasileiro em que o Flamengo foi o primeiro clube a solicitar a volta dos jogos, mesmo sabendo dos riscos, e hoje está passando pela mesma questão que naquele momento não era tratada como primordial: o risco sanitário.
Outros preferiram lembrar que mesmo diante do que aconteceu no passado, trata-se de pessoas e que precisa sim ter um adiamento dos jogos, não olhando o clube, mas sim a saúde de cada envolvido diante do vírus contaminado.
Ainda não se sabe a posição da STJD, mas é válido reforçar que ainda estamos em pandemia e que mesmo com a volta do futebol precisamos ter o mínimo de segurança. O futebol não era para ter retornado, existe contato o tempo inteiro, nos treinos e jogos, estava claro que isso aconteceria uma hora ou outra, mas já que retornou é preciso ter mais responsabilidades pelas entidades e ter protocolos padrão para todos.
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