Pelle ficou conhecida dentro dos campos como a ‘Capitã’, já que era detentora da faixa em seus jogos pela Seleção Brasileira, onde brilhou no período entre 2004 a 2013
Aline Pellegrino já tinha o comando em suas mãos desde esse início. Pelle começou com os recordes já nos gramados, quase oito anos como capitã.
Nascida em São Paulo, o amor de Aline Pellegrino pelo futebol começou desde pequena. Em 1997, Pelle, como é conhecida, iniciou seu envolvimento com o futebol profissional. Seu primeiro clube, como registrado, foi o São Paulo Futebol Clube, onde atuou ao lado da grande Sisleide do Amor Lima, a famosa Sissi.
No seu currículo como jogadora, não foi somente a faixa que ficou. Pela seleção, Aline estava presente na conquista de muitos títulos, com mais destaques a medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro (2007), o vice-campeonato da Copa do Mundo da China (2007) e a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atenas (2004). Pelos clubes que passou, são tantos os títulos e as conquistas que iriam ocupar mais da metade desse texto.
Em 2013, quando Aline Pellegrino parou com seu futebol dentro de campo, começou sua carreira fora dos gramados. No mesmo ano, ela assumiu o seu primeiro comando técnico. A equipe feminina do Vitória de Santo Antão (PE) teve Pelle por três meses, assim conquistando o título pernambucano de futebol feminino.
Mas aquilo era só o começo. Aline foi só crescendo fora dos gramados e a faixa de capitã foi ficando cada dia mais fixa em seus braços. No ano de 2016, em uma das partes dessa trajetória, o caminho de Pelle cruzou-se com a Federação Paulista.

Todo seu “reinado” cresceu nesse local. Sabe aquele ditado: “A gente dá a mão e a pessoa já pega o corpo todo”? Então, a FPF deu o corpo todo para Pellegrino e ela ainda quis ir além, o corpo era pouco.
Aline criou o primeiro Campeonato Paulista Feminino Sub-17, o primeiro Festival Feminino Sub-14, fez peneira com jogadoras do sub-17 para 20 clubes paulistas e reuniu 336 meninas… É Pelle, você é gigante!
Às vezes por trás dos holofotes, mas Aline conseguiu erguer a campanha #ElasNoEstádio. E só mais um marco, na verdade dois, Pelle e os clubes colocaram a final do Campeonato Paulista no Morumbi e na Arena Corinthians, reunindo neste último 28 mil pessoas para uma partida de futebol feminino. Um Corinthians x São Paulo que ficou para história.
Se essa mulher fez o que fez para a Federação Paulista, imagina o que ela pode fazer para a Confederação Brasileira de Futebol. As possibilidades são infinitas. Acho que cabe eu me apropriar da frase do Everaldo Marques e dizer: Aline Pellegrino, você é ridícula! (Por favor, isso é um elogio)
Pelle tem um comando natural vindo dela, por ter passado pelo futebol, ela entende o que é necessário para as atletas e clubes.
“A partir de hoje, o futebol feminino do Brasil vai estar nas mãos de quem sempre trabalhou com a bola, dentro e fora do campo”, como disse Rogério Cablobo na coletiva.

Aline, a capitã, sabe bem o que faz! Vocês podem esperar mudanças e muitas melhorias. Pelle escuta, atende, como uma mãe faz. Não é exagero nenhum dizer que ela é uma mãe para o futebol feminino. O que essa mulher sabe, não é brincadeira.
Particularmente, eu já escutei e vi Aline Pellegrino em mais de 20 palestras. Cada vez que a vejo e a escuto aprendo algo novo, ela sempre tem algo a mais para ensinar.
“Espero que eu seja um elo entre clubes, atletas, federações e a confederação, porque a gente está dentro da hierarquia desse processo. Venho com o objetivo na mediação entre eles, pelo desenvolvimento do futebol feminino no Brasil”, disse Pelle na coletiva.
O que nós esperamos é que você tenha mais do que o “corpo” que a Federação Paulista te deu, esperamos que você tenha o mundo para desfrutá-lo da melhor maneira, junto com a Duda Luizelli e com a técnica Pia Sundhage. Brilha, Pelle!
Foto de destaque: Lucas Figueiredo/CBF
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