Regra passou a valer desde o dia 1º de junho no livro de regras do futebol para a temporada 2020/2021
Com a intenção de clarear a decisão e afirmar que é o árbitro de campo quem decide se um lance deverá ou não ser válido, a Fifa mudou uma regra para esta nova temporada. As partidas de sábado (29), entre Botafogo x Internacional e Santos x Flamengo, no domingo (30), ficou marcada pelas reclamações e discordâncias entre as duas ações de anulação dos gols do Santos pelo árbitro Wilton Pereira Sampaio.
Um levantamento de consultoria, que auxilia a Fifa, mostrou que muitos entendiam que era o árbitro de vídeo quem deveria ditar a palavra final para as jogadas revisadas, o que, de acordo com essa nova regra, não deve mais acontecer.
Agora, nessas situações, a orientação é que o árbitro use com mais frequência a ARA (Área de Revisão), onde fica o monitor dentro de campo. Pela recomendação anterior, quando o VAR foi implantado, o juiz principal só iria conferir no monitor em casos subjetivos, como a dúvida do toque de mão, faltas que podem originar pênalti e a participação ativa de um atleta em lances de impedimento.
Esses casos não deixaram de valer, mas agora, lances como impedimentos e a dúvida se a bola entrou ou não também podem levar o árbitro a rever a situação, como explica o parágrafo revisado:
“Pode-se fazer uma revisão no campo de jogo para uma decisão factual, caso isso ajude o árbitro a gerenciar os jogadores/a partida ou para ‘vender’ a decisão (ex: uma decisão vital capaz de decidir o rumo do jogo perto do final da partida)”.
Além disso, o texto da regra que define o VAR teve sua ordem alterada: agora, em primeiro, aparece que o árbitro, após fazer o gesto para indicar o uso da tecnologia, pode realizar a revisão na ARA antes de tomar uma decisão final. Somente após isso, é que ele pode tomar uma decisão baseada apenas na percepção e informação dos profissionais que estão na cabine do VAR.
A mudança busca também agilizar as revisões deixando que o árbitro procure a cabine à beira do campo de forma mais rápida.
Foto de destaque: Fernanda Luz/AGIF