Goleira da base do São Paulo conversou com o Rainhas do Drible sobre sua carreira e o investimento no futebol brasileiro
O futebol feminino vem crescendo e com ele o investimento na base também tende a aumentar, sendo possível ver novos nomes da categoria brilhando. Entre eles, vemos Stephanie Noronha, goleira da base do São Paulo FC e da Seleção Brasileira sub-17.
Tetê, como é conhecida, tem uma história muito parecida com a de outras meninas. “Por causa do meu irmão, comecei a jogar na linha, mas não deu certo. Eu fazia gol contra e pegava a bola do meu próprio time. Nisso, meu pai acabou me perguntando se eu queria uma roupa de goleira pra eu tentar ir no gol e acabou dando certo! Desde os meus seis anos estou no gol”, contou ao Rainhas do Drible.
Ser goleira não é tão fácil. Nós somos a última jogadora, se passar da zaga é o gol. Há sim uma certa pressão por defender o seu time, mas ela tem que ser pra te incentivar e nunca te deixar pra baixo”, diz Ste sobre a posição.
O crescimento no futebol pode ser muito difícil, ainda mais para uma menina de apenas 16 anos, mas Stephanie sempre teve algo muito importante dentro e fora de campo: o apoio dos seus pais. “Quando decidi me empenhar no futebol, eles ficaram muito felizes e totalmente dispostos a me ajudar e apoiar”.
Essas relações familiares são muito importantes para as atletas e ajudam muito no seu crescimento pessoal e profissional. Um outro fator que influencia muito é o seu próprio pensamento enquanto está na formação de base. Tetê jogou pelo Centro Olímpico, Criciúma, São José e São Paulo, atualmente. Em cada time, a atleta tenta aprender e aperfeiçoar o que já sabe. Isso vem de um trabalho duro e de muito cobrança individual.
Tenho muito o que aprender. Acho que se a gente não se cobra, não temos de onde tirar força de vontade para poder chegar a uma excelência”, disse.
A formação de base ajuda muito nessa maturidade da atleta. Ela não é necessária somente para os fundamentos, são muitos os ensinamentos que o jogador adquire. Isso aumenta ainda mais quando se tem os profissionais certos para administrar e, felizmente, Ste pode contar com ótimos profissionais no seu time e na Seleção Brasileira.
Agrega demais esse investimento [na base]. O mínimo detalhe faz muita diferença pra cada atleta, isso é ótimo”, finaliza.
Começo com a amarelinha
Stephanie está no futebol desde pequena e vem chamando atenção de quem vê. “A primeira vez que eu fui convocada tinha 10 anos, foi para a Seleção Brasileira sub-15. Eu não tinha muita noção de onde estava e nem a importância enorme que tinha estar lá”, diz.
Mas a goleira sempre fez tudo com muito amor e dedicação, conseguindo firmar-se nas categorias de base da amarelinha. “A sensação de ter o seu nome na lista de convocadas é única, não tem preço! É mais que perfeito saber que vai representar o próprio país”.
No meio da pandemia, o trabalho com a camisa brasileira e são paulina acabou sendo atrapalhado. No entanto, Ste colocou na sua cabeça que precisa treinar e não pode ficar parada.
O futuro no futebol
Para o seu futuro como atleta, a jovem goleira espera o mesmo que muitas outras, mas ainda prefere viver a vida e aproveitá-la. “Eu espero que meu futuro me surpreenda muito, como nesse momento minha carreira está me surpreendendo. Meu sonho é representar a Seleção principal”.
Stephanie também comentou sobre atuar fora do Brasil e diz que pretende estruturar uma carreira em times do exterior, sem preferências. Para uma goleira que sempre demonstra amor no que faz e brilha da maneira que está brilhando, fica fácil vê-la com tudo isso.
Mesmo com os todas as responsabilidades que o futebol nos traz, ele faz a nossa vida ter mais graça. Mesmo com todas as pressões dentro e fora de campo. Isso nos faz crescer dentro de campo como atleta e fora como pessoa. Eu sou completamente apaixonada pelo o que eu faço”.