Com fortes opiniões, ex-dirigente fala sobre mudanças dentro do futebol feminino

O ex-dirigente José Carlos Brunoro falou um pouco sobre o futebol feminino e seu projeto de crescimento da categoria durante live

Por: Tayna Fiori e Bianca Ramos

Entre as idas e vindas, o futebol feminino brasileiro fica de escanteio muitas vezes, principalmente neste tempo de pandemia. Recentemente, em live no canal do YouTube ‘Nosso Palestra’, José Carlos Brunoro, ex-dirigente do Palmeiras, deu fortes declarações sobre o futebol feminino no Brasil. 

Brunoro alegou ter interesse em ocupar o cargo de Coordenador de Seleções Femininas que recentemente ficou vago com a saída de Marco Aurélio Cunha. “Não falta investimento, falta planejamento sério. Eu sou fã do futebol feminino. Tenho um planejamento de desenvolvimento do futebol feminino, mas nunca quiseram me ouvir. CBF, Federação, ninguém”, disse Brunoro durante a transmissão.

Segundo ele, o projeto que idealizou mudaria a categoria em no máximo 10 anos no país. Porém, a mudança e investimento teria que ser grande. Brunoro falava com convicção que gostaria de assumir o cargo para tentar mudar a categoria, mesmo sabendo que o convite jamais chegaria.

Eu ‘boto’ esse negócio de futebol feminino para acontecer no Brasil. Eu tenho um projeto espetacular, prontinho. Fiz porque eu gosto. Que envolve escola, um monte de coisa”, disse.

A ideia do ex-diretor, ou melhor dizendo, o sonho, é mudar o modelo do futebol feminino aqui no Brasil e transformá-lo no jeito que é feito nos Estados Unidos, onde as atletas possuem time na escola e universidade. Para quem não sabe, o Brasil não realiza um grande trabalho e investimento com a base do futebol feminino, fazendo com que as atletas já entrem para a categoria profissional.

Quem for boa, joga no clube para disputar a liga nacional. Porque não dá para pagar 200 mil, 300 mil para as meninas, mas se elas tiverem faculdade paga. Mas pelo menos aumentamos a capilaridade do futebol feminino. Vamos ter muito mais massa de jogadoras e ser muito mais fortes”, explicou. 

Seguindo essa linha de pensamento, Brunoro acredita que em 10 anos o futebol feminino no Brasil será mudado. Contudo, pensa que não será o que é o masculino. “Esqueça isso. São duas situações diferentes”, disse quando questionado sobre as categorias.

Para o ex-dirigente, é necessário que os times cedam apenas o nome para que haja popularidade e que as estruturas devem ser nas escolas, universidades e clubes. Segundo ele, o dinheiro não vai vir para o futebol feminino como vem para o masculino.

Tem que parar com esse papo que tem que ganhar igual. Não enche estádio, não tem patrocínio. A conta é fácil. Faturou muito, ganha muito. Faturou pouco, ganha pouco. Tem que parar com esse negócio de ajudar no Brasil. Tem que conquistar. E as meninas têm muita coisa boa para conquistar”, destacou.

A nossa opinião

O futebol feminino não vai mudar de uma noite para a outra. O nome que entrar na coordenadoria do futebol feminino na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vai precisar entender e querer representar a categoria. Precisa inovar sem perder o ‘gostinho brasileiro’.

A metodologia da educação e a estrutura estadunidense é uma e a brasileira é outra. Seria positivo ter a implantação de um novo modelo estrutural, porém, ele não pode interferir no futebol brasileiro. A estrutura precisa melhorar, mas dentro de campo precisa ser o mesmo.

Há muitas vertentes nesta linha de pensamento de Brunoro.  Qual o motivo da CBF nunca ter cogitado um projeto desse? Teria o Brasil estrutura em escolas e universidades para levar adiante?

Seguimos sem nenhum nome para assumir a coordenação. Seria Brunoro um bom substituto? O que vocês, leitores, pensam a respeito disso?

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s