A crise que está afetando a população, também está fazendo com que alguns times percam patrocínios importantes
Com o futebol ainda paralisado, a difícil corrida dos clubes para manter os atuais patrocínios parece não ter um fim. As dívidas de alguns times só cresceram, e um dos fatores que estava ajudando até o momento era, de fato, os patrocinadores.
Os quatro times mais populosos do Rio de Janeiro perderam o patrocínio do azeite Royal, por exemplo. A marca estava presente tanto nas equipes: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco, quanto no próprio Maracanã. O dono da empresa, Eduardo Giraldes, disse em entrevista ao Globo Esporte que “no momento, a prioridade é outra”.
“Os campeonatos estão paralisados e não temos que manter esse investimento. Vamos focar nesta crise mundial com os supermercados, que são os que precisam desse tipo de ação.”
O patrocinador máster do Flamengo, o BS2, já anunciou o rompimento do contrato a partir de 30 de junho. As equipes masculina, feminina e a equipe da base serão atingidas. A saída do BS2, que nada tem a ver com a pandemia e sim com um suposto novo patrocinador do clube, é o segundo patrocínio que fica de fora da equipe rubro-negra nesta época complicada para o futebol brasileiro.
Sem futebol e sem jogos na TV, é difícil um patrocinador realmente não ficar balançado em encerrar o contrato. Foi o que também aconteceu com o Atlético Goianiense, que chegou a perder três patrocinadores. O dirigente do clube chegou a se pronunciar sobre a perda, mas não citou nomes.
Outro clube que também teve o caixa afetado, foi o Coritiba. O presidente do Coxa, Samir Namur, revelou que o Alviverde também chegou a perder patrocinadores por conta da paralisação das partidas. “Quanto mais tempo durar a paralisação, maior vai ser o impacto.”
Para a receita de um clube continuar fluindo, a necessidade do futebol estar em atividade é essencial. Sem essa movimentação é certa a redução do caixa, até mesmo o time mais estabilizado financeiramente sofre com essas consequências.