No mundo do futebol, uma partida pode mudar todo o cenário de um campeonato. E apesar do estilo por pontos corridos deixar um ar mais “previsível”, o imprevisível sempre acontece quando se trata deste esporte.

Porém, com o mundo enfrentando a pandemia do novo coronavírus, o imprevisível aconteceu de uma forma diferente de qualquer outra: o Campeonato Holandês (Eredivisie 2019/20) foi encerrado, sem sequer declarar um campeão e os rebaixados.

Desta forma, sem disputar as oito rodadas que faltavam, a Federação Holandesa de Futebol (KNVB) decidiu encerrar a primeira divisão do campeonato nacional da Holanda. Apesar de não ter um campeão declarado, os times Ajax e AZ Alkmaar estavam empatados na liderança da competição, com 56 pontos.

A diferença entre os clubes estava no saldo de gols, onde Ajax levava vantagem. Desta forma, o Ajax ficou com a vaga direta para a fase de grupos da Liga dos Campeões e o AZ foi para os playoffs da Liga. Enquanto isso, Feyenoord, PSV, Willem II, Utrecht e Vitesse se classificaram para a Liga Europa.

Com a tabela atual, os clubes Fortuna Sittard, ADO Den Hag e o lanterna da competição, Waalwijk, escaparam do rebaixamento e continuam na elite do futebol holândes. Por outro lado, os times Cambuur e De Graafschap, que possuíam vantagem nas primeiras colocações da segunda divisão, deixaram o futuro de uma primeira divisão escapar.

A DECISÃO

Como medida preventiva decorrente do coronavírus, o primeiro ministro Mark Rutte proibiu jogos de futebol até setembro. Por isso, a organização decidiu encerrar o campeonato com a atual tabela. Este fato já tinha sido citado pela Uefa, que declarou que aceitaria o encerramento prematuro de ligas nacionais, já que, dependendo das decisões dos governos, poderia não haver tempo hábil.

POLÊMICA

No meio de toda a decisão, uma polêmica cerca o fim do Campeonato Holândes. Para decidir sobre o cancelamento do rebaixamento da temporada e a consequente proibição do acesso dos vencedores da segunda divisão, houve uma votação entre todos os clubes envolvidos na competição (18 da primeira divisão e 20 da segunda).

Nesta situação, 16 times se posicionaram a favor do rebaixamento, nove contra e 13 se abstiveram. Porém, a Federação aparentemente teria ignorado a decisão da eleição.