Linha de crédito de R$ 50 milhões tem objetivo de evitar atraso de salário no clube
Os impactos causados pela Covid-19 vêm sido listados pelo blog no decorrer da pandemia, porém a onda de preocupação com folhas salariais chegou na Gávea. O Flamengo, na última sexta feira (17), usou uma linha de crédito pré-aprovada no banco Santander e pegou R$ 50 milhões para continuar com os pagamentos em dia.
Com a suspenção de contratos como o Azeite Royal, a falta de pagamento da Adidas e sem arrecadação com os jogos e direitos de televisão, o time rubro-negro viu a necessidade de uma folga em seu caixa para administrar os impactos que a pandemia causa aos cofres do clube.
O que mais preocupa o Flamengo é a arrecadação com jogos. Sua receita ano passado foi de R$ 970 milhões, com R$ 300 milhões de venda de jogadores, e esse ano dificilmente o clube chegará à metade disso.
A boa notícia é que esse empréstimo não causa impacto nos cofres do clube, visto que nenhum patrimônio foi utilizado como garantia. Esse movimento do Flamengo é preventivo e, provavelmente, será uma medida adotada por muitos clubes e empresas ao redor do mundo.
Todavia, isso nos causa uma preocupação pertinente: se o Flamengo, um dos clubes mais ricos do Brasil, precisou recorrer a empréstimos para continuar com folhas salarias em dia, quais medidas os times com menos recursos estão tomando?
O Criciúma divulgou também o desligamento por parte de seus colaboradores, pela redução da receita nos últimos meses, em razão da paralisação das atividades do calendário esportivo nacional. Em nota oficial, o clube alega estar atento aos acontecimentos e impactos que o vírus causou à realidade nacional e que seu centro de treinamento está à disposição do governo.
O Rio Branco demitiu toda a sua comissão técnica após a paralisação dos estaduais e alega que, até o retorno dos jogos, os salários dos jogadores não serão pagos. Segundo o presidente do conselho deliberativo, o clube está de “mãos atadas” e afirma sobreviver da cota de streaming que não sabe se será mantida.
Já a diretoria da Ponte Preta preferiu reduzir 25% os salários de seus jogadores e funcionários, o máximo permitido por lei, até o final da pandemia e retorno dos jogos. Essa ação começa a valer nos pagamentos referentes ao mês de maio, e o clube alega estar analisando opções viáveis para não atingir tanto os funcionários de vencimentos mais baixos e causar o menor impacto possível.
É de conhecimento geral que uma crise financeira está se instalando mundialmente por causa das consequências geradas pelo coronavírus, mas esperamos que com o fim da pandemia, a volta dos jogos e das arrecadações, essa crise possa ser superada e que clubes, como os acima citados, sobrevivam a esse momento nebuloso que enfrentamos.
