Preocupados com as questões financeiras dos clubes, Atlético-GO, Goiás e Vila Nova unem forças para não se prejudicarem ainda mais economicamente
A crise voltada ao COVID-19 vem afetando diretamente o futebol goiano devido à paralisação do campeonato estadual. Sendo assim, os clubes goianos, visando futuros problemas financeiros, apresentaram uma proposta de redução salarial aos atletas em até 50% enquanto o torneio estiver suspenso.
A proposta única foi apresentada por Atlético-GO, Goiás e Vila Nova na manhã da última sexta-feira (27) ao Sindicado dos Atletas Profissionais do Estado de Goiás (Sinapego).
A ideia inicial da elite goiana é a redução dos salários pelos próximos dois meses. Caso a paralisação seja prorrogada, a suspensão de contratos. Além disso, a proposta em relação a despesas extras como luvas, premiações e auxílio moradia também foi apresentada. O objetivo é suspender momentaneamente.
O argumento dos clubes é baseado nos últimos dez dias, que aconteceram o rompimento de contratos de patrocínios, cancelamento de planos de sócios torcedores, a inexistência da renda de jogos, entre outras. Confira o documento na íntegra:


O vice-presidente jurídico do Goiás, Dyogo Crosara, afirma que é fundamental tomar uma medida para que a situação não fique ainda mais complicada, pois é previsto uma queda de 70% na receita do clube. O dirigente esmeraldino também afirmou que, por enquanto, nenhum patrocinador do clube pediu rescisão contratual e sim a revisão de algumas cláusulas.
Paulo Henrique Pinheiro, diretor jurídico do Atlético-GO, destaca a importância dos clubes de Goiânia apresentarem uma proposta conjunta ao sindicato, tendo em vista a dificuldade de haver um consenso em âmbito nacional.
O clube se antecipou aos demais do futebol brasileiro e concedeu férias coletivas na semana passada. No entanto, para estar alinhado com as outras equipes, o Dragão dará férias de 1º até 20 de abril. O período de paralisação dos jogadores, que começou no dia 19 de março, será pago normalmente.
Integrante da Série C do Campeonato Brasileiro, o Vila Nova vive uma situação ainda mais delicada que a do Atlético-GO e do Goiás, sobretudo no que diz respeito às cotas de televisão, que não existem na terceira divisão nacional. Maurilho Teixeira, diretor jurídico do clube, espera que o sindicato dos atletas compreenda a situação e aceite a medida ou que faça uma contraproposta.
Presidente do Sinapego, o ex-jogador Marçal Filho admite que a situação é nova e diz que não tomará nenhuma posição precipitada. No entanto, ele descarta aceitar redução salarial dos jogadores pela metade.
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