O futebol feminino, de um modo geral, é desvalorizado como sabemos. Claro, ao longo dos anos, as coisas estão melhorando e as nossas meninas ficando mais evidente nas mídias. É clichê, mas ainda não chegamos lá. Falta muito.
Falando especificamente do futebol feminino BRASILEIRO, então… Existem situações inimagináveis dentro e fora de campo, que acontecem com os times brasileiros. Para se ter uma noção básica, ainda existem times amadores, por mais inacreditável que possa parecer, na série A2.

Ao contrário das mulheres do nosso país, as mulheres da Suécia estão em um nível um pouco acima. Enquanto no Brasil é uma burocracia pra montar e organizar UMA liga nacional de futebol feminino sequer, na Suécia, existe um torneio com OITO divisões. Vale lembrar ainda que a Suécia foi o país que acolheu nossa rainha Marta!
Óbvio, que mesmo tendo toda essa atenção para as mulheres, a maior audiência e maiores verbas vão para os homens. Curiosamente, a Suécia é um dos países que mais praticam a igualdade de gênero no ranking mundial. Imagine o Brasil, que não está entre os primeiros nessa lista!
Um dos ex times que Marta jogou, Rosengard, luta cada dia mais para manter o futebol feminino vivo. Várias campanhas são feitas e o contato com os torcedores é constante. Os salários no país sueco, para as mulheres, são melhores, é evidente. Mas, a gente não pode ter apenas isso como referência.
O futebol feminino brasileiro, merece MAIS. O país que tem uma mulher eleita SEIS vezes a melhor do mundo, merece muito mais do que apenas um salário mais alto. Podemos sim nos espelhar em outros países para se ter referência e crescer, mas o negócio é não parar por aí.
Enquanto isso, a luta é árdua e longa.