Quando anunciado em dezembro do ano passado, o argentino citou em sua apresentação o desafio do cargo e a análise do time, tanto individualmente como na parte coletiva e o estudo sobre o futebol brasileiro, já que era a primeira vez assumindo uma equipe brasileira.
Fascinado por tecnologia e que gosta de utilizar a categoria de base (característica marcante do Santos), foi o encaixe perfeito para o presidente José Carlos Peres. As mudanças aconteceram não somente com a chegada e saída dos jogadores, mas também, com a comissão técnica e a própria equipe de desempenho.
Em seu primeiro trabalho à frente da equipe alvinegra, empatou com o Corinthians em um amistoso quando ainda estava encontrando a equipe. No Campeonato Paulista, o Santos chegou a semifinal perdendo nos pênaltis para a equipe alvinegra da capital.
Na Copa Sul-Americana, foi eliminado na primeira fase diante do River Plate dentro do Pacaembu e caiu nas oitavas de final contra o Atlético Mineiro pela Copa do Brasil.
Se nessas duas competições houve eliminações, antes da pausa para a Copa América e no início do Brasileirão, o Santos vinha muito bem disputando diretamente com o Palmeiras e segurando a primeira colocação.
Mas, a nuvem negra na Vila Belmiro apareceu e, antes mesmo do Campeonato Brasileiro acabar, Jorge Sampaoli admitiu que não falava com o presidente há cinco meses e adiantou alguns planejamentos da equipe para o ano que vem.
E a novela entre o técnico e a equipe alvinegra se iniciou com o questionamento sobre a sua permanência. Sampaoli havia deixado claro que só resolveria tudo com o fim da temporada. Os jornais já anunciavam o interesse do Racing, da Argentina e do Palmeiras, após a saída do Mano Menezes.
Com dois dias de reunião, a decisão do desligamento foi anunciada pela equipe na noite de ontem através de uma nota oficial. Porém, o técnico vice-campeão brasileiro deixou claro que não pediu demissão e o caso pode parar na Justiça.
O argentino, que caiu na graça da torcida, foi muito pedido para continuar o contrato que valia até dezembro do ano que vem, e muitas vezes foi comparado ou citado como espelho para outros técnicos, assim como, Jorge Jesus.
Com a saída, o Santos agora procura um técnico com perfil parecido e que mantenha o estilo ofensivo e use os jogadores da base. A diretoria já admitiu os problemas financeiros e, talvez com isso, não possa investir em um nome de peso.
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Um comentário sobre “Sampaoli não é mais técnico do Santos. Porém, a novela continua”