Em 2018, a história de Nickollas, torcedor do Palmeiras de apenas 12 anos que possui deficiência visual e autismo, comoveu o Brasil e, principalmente, os apaixonados por futebol em um clássico entre Palmeiras e Corinthians.
O menino nasceu prematuro, com cinco meses, e por conta disso não teve a formação das retinas. A mãe de Nickollas, Silvia Grecco, já tinha uma filha, e o adotou depois de outros 12 casais que estavam à sua frente na fila desistirem.
A mãe leva o seu filho para a maioria dos jogos do Verdão, e narra cada lance da partida para o garoto. Segundo ela, o Palmeiras é uma das coisas que mais alegram Nickollas.
Eles, então, foram levados ao gramado por Alexandre Mattos, para Felipão dizer um a um o nome dos jogadores, que respondiam a Nickollas com um abraço.
Não demorou muito para que essa história linda do mundo do futebol rompesse fronteiras, e os brasileiros brilharem no Fifa The Best, em Milão, na Itália, na tarde da última segunda-feira (23), onde Nickollas recebeu o prêmio de melhor torcedor do mundo.

Em discurso, Silvia agradeceu à Fifa pela indicação. “Também agradeço por hoje poder falar para o mundo do futebol que a pessoa com deficiência existe, precisa ser amada, respeitada e incluída. Obrigada, Deus, por me permitir ser ponte e hoje representar não só meu filho, mas todos no mundo que tem uma deficiência e precisam de uma oportunidade”, completou.
Nickollas aprendeu a amar um esporte, mesmo sem nunca tê-lo visto. E isso não significa que o pequeno torcedor palmeirense não sentiu ou viveu o futebol, pois ele vai além de ser visto, descrito ou sentido.