Durante os dias 4 e 9 de setembro rolou, em São Paulo, a primeira edição da Brasil Futebol Expo, uma feira voltada inteiramente ao mercado futebolístico.
No evento, o diretor de competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Manoel Flores, apresentou um programa chamado Galerômetro, que visa aumentar a média de público do Campeonato Brasileiro, incentivando a interação de torcedores em plataformas do Brasileirão e premiando os mais ativos com ingressos da Série A, que serão comprados pela CBF.
Manoel explicou que o objetivo é dizer aos clubes que a instituição deseja adquirir ingressos em jogos pontuais, que ficam ociosos. “Não quero concorrer com o sócio-torcedor do clube. Quero converter o torcedor em sócio-torcedor”, destacou.
Isso acontecerá por conta de uma percepção que a CBF teve recentemente de que não possui informações sobre o perfil do torcedor dos clubes brasileiros e que vendia muito mal o seu melhor produto, que é o Brasileirão.
Assim, as primeiras ações começaram a surgir, como os perfis do campeonato nas principais redes sociais. E os números são expressivos, com 670 mil seguidores no Instagram, mais de 150 mil no Twitter e 105 mil curtidas na página do Facebook.
Agora, o plano é aumentar as interações entre os seguidores e as contas oficiais. A CBF apresentará, em breve, um site com o Galerômetro, que permitirá que os torcedores criem enquetes e convidem amigos para participar. Quanto maior a interação, mais pontos ele ganha, o que dá o direito de trocar por ingressos.

Por enquanto, a confederação não deve remunerar os clubes. A ideia é convencê-los a doar os ingressos não utilizados em jogos de baixa demanda de público, para servir de atrativo dessa base de torcedores.
Porém, a partir de 2020, a CBF começaria a pagar pelas entradas, comprando a mesma cota de ingressos de todos os 20 times presentes na Série A do Brasileirão.
Este ano, o campeonato está marcando uma das melhores médias de público da história, com destaque à presença da torcida flamenguista, que tem um público de, aproximadamente, 50 mil por partida.
Contudo, há uma grande margem para melhora, já que no total, os estádios brasileiros não têm nem 50% de suas capacidades ocupadas no Campeonato Brasileiro.
Aguardemos, então, a nova ação da CBF, que promete vir com tudo não só para os torcedores, mas também para os clubes e à própria instituição.