O Torneio Uber Internacional de Futebol Feminino de Seleções foi mais um passo dado pela empresa de mobilidade urbana para se tornar a patrocinadora oficial do futebol feminino no Brasil. A competição teve início na última quinta-feira (29), com Costa Rica x Chile às 19h, e logo em seguida entrou em campo Brasil x Argentina.
O campeonato teve o seu encerramento no domingo, com a disputa de terceiro lugar entre Costa Rica e Argentina e a grande final do Brasil contra o Chile.
Os jogos foram realizados em São Paulo, no estádio do Pacaembu, que pode ter sido um fator importante, pois – vale ressaltar – a competição obteve grandes patrocínios, marcando o avanço do futebol feminino e deixando um respaldo de esperança para com o crescimento da modalidade no país.

Entre os patrocinadores, estava uma das maiores fabricantes de automóveis do mundo, a Fiat, que no intervalo do jogo entre Brasil e Argentina, promoveu a recriação da história do primeiro gol marcado pelo Brasil em uma Copa do Mundo, em 1991. A autora do gol é a ex-capitã da Seleção Brasileira, Elane dos Santos.
O evento teve os jogos transmitidos pela TV Cultura e pelo SporTV, e tinha como um dos focos a primeira apresentação da Seleção Brasileira após a desanimadora campanha na Copa do Mundo de Futebol Feminino da França, entre junho e julho deste ano, além da estreia da técnica sueca Pia Sundhage no comando da equipe nacional.
Pia não modificou tanto os nomes das convocadas. A vitória no primeiro jogo por 5 a 0 contra a Argentina deu empolgação para a torcida brasileira, que, no domingo chuvoso da final, marcou presença no Pacaembu para assistir de perto o empate por 0 a 0 no tempo comum contra o Chile e, logo em seguida, a brilhante atuação da goleira brasileira Aline Reis na disputa de pênaltis.
A arqueira fez três defesas, mas infelizmente as atletas de linha acabaram tropeçando durante as cobranças e perdendo para as chilenas por 5 a 4, deixando o título escapar.
O torneio também serviu como início da preparação da equipe para os Jogos Olímpicos de Tóquio no ano que vem, que a treinadora já deixou claro em entrevistas ser o seu foco após conquistar o vice-campeonato na competição.
A sueca alega querer dar liberdade no ataque para as jogadoras da função, e pretende focar o trabalho na melhora da parte defensiva para que o jogo seja bem construído desde a primeira linha.
Há tempo suficiente para que o novo estilo da treinadora seja implantado na seleção, e que ele seja solidificado na cabeça das jogadoras. Cabe a ela e à sua comissão ter tranquilidade e paciência para que, aos poucos, isso aconteça.
E a torcida brasileira poderá acompanhar essa evolução com os próximos amistosos e torneios como estes, que ocorrerão ao longo dos meses até 2020, na Olimpíada de Tóquio.