Eu, fanática como sou, nunca imaginei namorar alguém que não torcesse para o mesmo time que o meu. Sempre idealizei aquela cena no estádio torcendo, cantando, gritando gol e comemorando um título com alguém que compartilhasse dessa emoção. Mas a vida é cheia de emoções, e fui parar ao lado de um rival. Como se não bastasse não torcer para o mesmo clube, tinha que torcer para o rival.

Porém, ao contrário do que eu pensei, não é aquele bicho de sete cabeças na hora do futebol. Acreditem: ele vai ao estádio comigo, canta, pula e comemora gol. Título já é forçar a barra, né? Mas sim, vivencio esse lado casal no estádio porque nós dois sabemos o quão bom é o clima da arquibancada, e que curtir com alguém que a gente ama é mais incrível ainda.

Claro que quando rola clássico, como hoje, há provocação saudável que não pode faltar em qualquer rivalidade. Mas nós sabemos, acima de tudo, que respeitar a escolha do outro é o ponto principal. Ninguém é igual, ninguém tem os mesmos gostos e escolhas.

Essa crônica é especial porque hoje o dia é especial. O dia 12 de junho foi feito pra gente presentear quem a gente ama, fazer uma declaração, mandar um oi pro crush, mas além de tudo isso, feito pra lembrarmos que a pessoa a qual escolhemos para estar ao nosso lado tem que ser nossa parceira até na hora da rivalidade, entendem?

O futebol é um pilar, mas a vida tem muitas outras lacunas a serem preenchidas, e nós precisamos sempre prezar pelo respeito, pela confiança e pelo amor. Nunca deixemos a rivalidade, a escolha diferente da nossa, nos separarem violentamente. Não é necessário plantar guerra não, gente! Olhemos para o diferente com o mesmo olhar do igual.

E eu aproveito para agradecer ao meu namorado todo o respeito e toda a cumplicidade de sempre. Porque a rivalidade não é nada quando se tem uma vida inteira compartilhada com um outro alguém. E nós não podemos deixar que essa vida seja minimizada por não sermos todos da mesma torcida.

Feliz dia dos namorados!