Apesar das diversas manifestações que mostram o contrário, eu ainda acredito que o Brasil é o país da diversidade. Diversidade de cores, culturas, raças… tudo. E, o futebol brasileiro sempre foi o reflexo disso. Cada time possui jogadores de diversos estilos, lugares e etnias. Juntos, eles aprendem uns com os outros, e a torcida também. Aprendemos a respeitar e, às vezes, até aderimos cada estilo.
Em 1995, o time do Santos descoloriu o cabelo e a torcida também. Já em 1998, o nigeriano Taribo West inovou com os tererês, que mais tarde foram aderidos por Vágner Love, e virou tendência no Brasil. Na final da Copa do Mundo de 2002, o infame corte de Ronaldo Fenômeno, estilo “Cascão”, fez com que milhares de pessoas o imitassem. Assim como o cabelo do Neymar já virou moda por muito tempo. Quem não conhece alguém que fez o moicano igual do jogador naquela época?
Diversas culturas, manias, estilos. Eu acho tudo isso tão lindo, tão acolhedor, tão especial. Não canso de enaltecer tudo que o futebol nos ensina. As culturas que se misturam nos dão a impressão que estamos juntos, todos unidos em um abraço aconchegante.
E não podemos perder isso! Recentemente, o comentarista Leandro Quesada foi infeliz em um comentário sobre Santos chamando os novos reforços estrangeiros do clube de “lixaiada”. Um ato de desrespeito e até xenofobia, que não foi bem recebido pela comissão, pela torcida do clube e dos adversários. E não deve ser! Nunca.
Tantos estrangeiros nos ensinaram, nos fizeram sorrir, nos fizeram chorar. Eles integram nossas equipes, juntos somos um, em busca de um mesmo objetivo. Isso é futebol. Isso é Brasil. Isso é futebol brasileiro.