A Copa do Mundo também é cultura

Você já parou para pensar na explosão de cultura que a maior competição que esse planeta já viu é? Percebeu a quantidade de países, cuja história nem nos damos ao trabalho de conhecer, sediam esse evento? Não, certo? Eu também não, até hoje. Parei para pensar, e percebi que na nossa falta de atenção cotidiana, perdemos mais um bônus que o futebol nos proporciona. Por exemplo, posso imaginar que pelo menos 80% das pessoas que assistem o mundial não imaginam a história do país que a sedia, muito menos a história do futebol neste país.

Já tivemos a oportunidade de ver grandes nações celebrando a beleza do futebol, como França, Inglaterra e até mesmo nosso Brasil, assim como vemos países cujo futebol não é tão pronunciado – ou nós não nos importamos tanto assim, sejamos sinceros – recebendo de braços abertos a Copa do Mundo. Que espetáculo de beleza, educação e receptividade a África do Sul nos deu! Só conseguimos pensar na Espanha campeã ou na famosa música da colombiana Shakira, mas nem imaginamos o que aquela seleção passou para sediar essa competição. Foram 9 cidades acolhendo os jogos, Servia e Eslováquia faziam suas primeiras participações como países independentes, a África derrotou Marrocos e Egito, e uma candidatura binacional de Líbia e Tunísia para receber a Copa, e muitos mais fatos que nem nos demos ao trabalho de pesquisar. Uma seleção com pouca visibilidade no cenário internacional, foram por pouco derrotados ainda na fase eliminatória, não perderam um segundo o sorriso e a receptividade aos povos que visitavam seu país.

Já parou para pensar também na cultura que esconde a Rússia? Pensamos no país como a União Soviética, o comunismo ou a frieza já extremamente marcante no clima do país, mas estamos observando uma arquitetura singular, um sol abraçando e aquecendo cada jogador e torcedor, e uma força de vontade para avançar na competição que muitos questionam e duvidam. Se a dúvida persiste, observe a atual campeã mundia, se despedindo da Copa de forma inesperada, ao contrario da anfitriã, que vem buscando dar ao seu país um grito que por anos estava engasgado no peito. Esse grito de amor e liberdade que nós, brasileiros, damos de uma forma que até parece rotina, mas que pra eles – como para os islandeses, os panamenses, os nigerianos e todas as seleções que nos levaram às lagrimas – é algo que ficará para sempre marcado em seus corações e em sua história.