Em tempos em que o empoderamento feminino esta cada vez mais forte, e que a luta contra o machismo se torna cada vez maior, em um esporte como o futebol, dito como “masculino”, temos uma goleadora. Não, a notícia não é nova, ela é de dezembro de 2015. Te surpreendeu? A mim também! Notícias como essa, ainda mais envolvendo o futebol feminino, tão pouco apreciado, acabam passando em branco.
No dia 9 de dezembro de 2015, a craque Marta marcou cinco gols no amistoso contra Trinidad e Tobago, alcançando 98 gols com a camisa canarinha, superando ninguém menos do que Pelé, autor de 95 gols ao longo de sua vitoriosa carreira de tricampeão mundial. Marta, que já foi eleita a melhor jogadora do mundo pela Fifa cinco vezes, também é a maior artilheira da seleção feminina do Brasil. Agora, o que poucos sabem é que Marta se tornou a maior artilheira somando as duas seleções. A Seleção Brasileira Feminina marcou 11 gols nesse amistoso, anotando cinco gols, Marta se consagrou a maior artilheira.
Falando em superar marcas, nessa Copa Neymar superou Romário em gols pela seleção, e a notícia correu como água. A diferença de repercussão dessa notícia com a da Marta foi diferente. É claramente notável essa diferença de informação, tanto que poucos sabiam disso, e esses poucos nem levam em consideração. Toda essa história de que mulher não gosta de futebol, não entende ou não sabe jogar, é resultado de uma mentalidade preconceituosa e pequena, ainda mais vendo o que elas andam fazendo quando com a bola nos pés. Provavelmente, quem o faz nunca assistiu a um jogo feminino, ou nunca conheceu uma mulher que debata par a par e não tem base para discutir.
Já foi o tempo em que futebol era algo somente para homens. Cada dia mais as mulheres dominam tanto o campo quanto os estádios, ou no jornalismo esportivo, e nada mais justo do que darmos voz a elas. E além disso, ouvi-las e respeita-las! Chega de assédio e pouco caso, porque também amamos futebol, entendemos e temos os mesmos direitos que todos.