O sonho da maioria dos garotos brasileiros é ser um jogador de futebol, defender a seleção e dar orgulho ao seu país. Inúmeras são as dificuldades para realizar tal sonho, precisa-se de muita dedicação e força de vontade. Thiago Silva é um exemplo de resiliência dentro da seleção brasileira. Em 2005, o atleta foi diagnosticado com tuberculose, na época atuava no time russo Dínamo. Com tal problema respiratório, foi desacreditada a volta do atleta aos gramados, entretanto com um tratamento intensivo e o auxílio do treinador Ivo Worttmann conseguiu se curar e ter uma segunda chance no Fluminense Football Club, em 2006.

“Eu estava correndo o risco de nunca mais jogar em função deles quererem fazer a cirurgia e tirar um pedaço do meu pulmão, que ainda não estava curado. Foi quando entrou uma pessoa importante para mim, o Ivo Worttmann, treinador, que me ajudou muito. Aí chegou em dezembro, ele foi para o Fluminense, e pediu a minha contratação. Para mim, foi como se eu tivesse assinado o meu primeiro contrato. Para mim, era um orgulho ainda maior, um orgulho a mais por ser tricolor”, lembra Thiago Silva em entrevista ao Esporte Espetacular. No Fluminense, o zagueiro voltou a mostrar sua habilidade e conquistou o título da Copa do Brasil e o vice campeonato da Libertadores, o carinho da torcida, o apelido de “monstro” e sua nova fase no futebol mundial.

Foi vendido para o Milan da Itália, com grande passagem pelo clube. Ele se consagrou como um dos melhores zagueiros do mundo ao defender o clube francês, Paris Saint-Germain desde 2012. Teve oportunidade na seleção com Luiz Felipe Scolari, assumindo a braçadeira de capitão. Todavia, Thiago foi novamente desacreditado, na Copa do Mundo de 2014, ao final da partida contra o Chile pelas oitavas de final, antes das cobranças de pênaltis, o zagueiro desaba em lágrimas demonstrando certa fragilidade e preocupando a torcida brasileira. Mesmo sem disputar o fatídico 7×1 contra a Alemanha, o capitão foi massacrado pelos críticos e pela torcida, mas Thiago possui em sua história a superação como companheira.

Thiago se dedicou e mostrou força de vontade e foco ao liderar o clube francês com maestria. Não recebeu espaço na seleção Dunga, só voltou a ser convocado quatro meses após a Copa e logo foi para a reserva, perdendo a braçadeira de capitão. Porém, não se deixou abater e muito menos ficou sentindo pena de si mesmo, o zagueiro se esforçou para reconquistar seu lugar na Seleção Brasileira. E conquistou! Thiago Silva, no comando de Tite, tem sido um zagueiro forte, preciso e cirúrgico, mostrando que seu título de um dos melhores do mundo em sua posição não foi atoa.

Seu foco, dedicação e profissionalismo transmite a confiança que o torcedor brasileiro precisa para saber que podemos contar com a dupla de zaga da seleção. Thiago Emiliano da Silva, um garoto da zona oeste carioca, fez jus ao ditado popular “brasileiro não desiste nunca”, cala a boca de quem o critica e a cada jogo se mostra essencial na zaga brasileira. Um monstro, um resiliente, um brasileiro que, definitivamente, não foge a luta.